Estudo diz que fim do auxílio emergencial deve deixar 38 milhões sem assistência

Porto Alegre, RS 25/05/2020: Nesta segunda-feira (25), a previsão indica tempo aberto, com poucas nuvens. Em Porto Alegre,  a mínima será de 11°C e a máxima 18°C. Foto: Alex Rocha/PMPA

De acordo com um estudo realizado pela Fundação Getulio Vergas (FGV), o fim do Auxílio Emergencial em dezembro deve deixar cerca de 38 milhões de brasileiros sem assistência. Essas pessoas são, em sua maioria, de baixa renda, pouca escolaridade e trabalham em atividades informais.

Os pesquisadores dizem que esse estudo reforça a necessidade do governo definir novos rumos para as políticas assistenciais após o término do benefício instituído na pandemia causada pelo novo coronavírus.

Segundo o levantamento feito pela FGV, os 38 milhões correspondem ao número de pessoas que recebera a primeira parcela do auxílio, mas que não estão inscritas no Cadastro único e, consequentemente, não vão receber o Bolsa Família quando terminar o auxílio do governo.

O número corresponde a 61% da parcela da população que recebeu o auxílio emergencial. São 64% informais, 74% tem renda até R$ 1.254 e são, em sua maioria, pessoas de baixa escolaridade, com no máximo o ensino fundamental (5%).

O estudo da FGV não diferencia a parcela da população que recebeu o auxílio sem ter direito. Até agosto, 6,4 milhões de pessoas estavam nessa situação de irregularidade, segundo relatório do Tribunal de Contas da União, incluindo militares e funcionários públicos. O levantamento foi feito com base nos dados da Pnad Covid-19 referentes a agosto.

Cenário sem auxílio

O levantamento ainda aponta que, sem o auxílio emergencial, essa parcela da população teria registrado uma queda de 12% de seus rendimentos em relação à renda habitual antes da pandemia.

Com o auxílio, o ganho médio de renda foi de 38%. As perdas e ganhos são similares ao do universo total de beneficiários do auxílio, de 11% e 37%, respectivamente.

Entre os “invisíveis”, como essa parcela foi chamada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, informais e mulheres são os que mais se beneficiaram da política emergencial de transferência. Para as mulheres informais não inscritas no Cadastro Único, a perda de renda teria sido de 20% sem auxílio, e o ganho com a política chega a 52%.

Fonte: Com informações da Folha

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